Transfirir uma música para o seu celular. Parece bem rápido, certo? Agora imagine transferir o catálogo impresso inteiro da Biblioteca do Congresso em um minuto e meio. A Intel diz que tem a tecnologia para fazer isso acontecer (uma hora ou outra).
A Intel detalhou sua descoberta para a imprensa hoje, mostrando a impressionante marca de 50 gigabits por segundo numa transferência, usando uma tecnologia que pode ir muito, mas muito mais além. Nós já falamos sobre a promessa da velocidade da fibra óptica antes, mas nada perto disso.
O CTO da Intel, Justin Rattner, explicou o que “fotônicos de silício” significa, porque o mundo precisa disso, e quais são as promessas para um futuro nada distante.
Fotônicos de silício são, basicamente, a combinação de tecnologia óptica com as tradicionais técnicas de fabricação de chips de silício, o mesmo processo usado para criar todas nossas CPUs e GPUs. Ao empregar os métodos existentes, será possível transformar os dados em luz e vice-versa.
O processo fundamental é a transferência de dados através da conversão de elétrons, que estão fazendo o aparelho que você está usando para ler isso funcionar, em fótons.
A tecnologia fotônica da Intel usa uma pitada de engenharia brilhante, e é uma pitada mesmo, já que estamos falando da escala de uma unha – para codificar dados em raios laser. Esses raios convergem em um só, e viajam por uma vertente de fibra óptica para seu destino, onde elas são decodificadas de luz para elétrons, novamente.
Por que nós precisaríamos de algo tão complicado e sofisticado assim? A grande questão é que nós estamos atingindo o limite do que podemos fazer com elétrons, e não há discussão com a física. Assim que chegarmos ao reino das velocidades de transferência de 10 gigabits, nós forçaremos tanto os fios de cobre até que eles se degradem e fiquem inutilizáveis.
Rattner disse que a Intel espera que os fotônicos de silício sejam “completamente viáveis comercialmente” no meio desta década, embora nós saibamos que revelar datas assim nunca é uma boa idéia.
Nós perguntamos para a Intel, após ouvir sua completa explicação sobre as vantagens dos fotônicos de silício, se nós poderíamos ver essa tecnologia substituindo o USB dentro desse prazo, o que os levou a sublinhar que o significado da descoberta está em seu potencial, não em suas aplicações concretas, a adoção comercial da novidade dependerá de fatores de mercado e produção. Mesmo assim, eles provaram que a tecnologia funciona, e funciona bem. Por enquanto, eu posso dizer com segurança que eles arruinaram o futuro do USB 3.0 para mim.
FONTE: Gizmodo
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